Florence Nightingale

"A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!"

Cistos e abscessos da glândula vestibular maior (Glândula de Bartholin)

Cistos da glândula vestibular maior são os cistos vulvares grandes mais comuns. Estão cheios de muco e localizados em ambos os lados da abertura vaginal. Os sintomas dos cistos grandes são pressão ou dor vulvar, dispareunia e assimetria vulvar. Os cistos da glândula de Bartholin podem formar abscessos, quase sempre doloridos. O diagnóstico é por exame pélvico. Os cistos grandes e os abscessos requerem drenagem com ou sem excisão; abcessos exigem antibióticos.

As glândulas vestibulares maiores são arredondadas, muito pequenas, não palpáveis e localizadas no fundo do orifício posterior lateral da vagina. A obstrução dos ductos causa aumento das glândulas por meio de acúmulo do muco, resultando em um cisto. A causa da obstrução geralmente é desconhecida. Raramente, os cistos resultam de uma infecção sexualmente transmissível (p. ex., gonorreia).

Anatomia vulvar: No centro dessa imagem está a vagina, um canal composto por músculo liso. A pequena abertura diretamente acima dela é a uretra, que é a abertura que emerge da bexiga. Abaixo da vagina está o ânus. Acima da uretra encontra-se o clitóris, um corpo de tecido erétil homólogo ao pênis. A vagina é circundada pelos pequenos lábios do pudendo, que são circundados pelos grandes lábios do pudendo. O osso púbico está no alto. O tecido púrpura é uma continuação do clitóris, as “pernas” do clitóris. O bulbo do vestíbulo (azul) também consiste em tecido erétil. Abaixo do bulbo está a glândula vestibular maior, que secreta muco para lubrificar a vagina.

BO VEISLAND/SCIENCE PHOTO LIBRARY


Cistos na glândula de Bartholin se desenvolvem em 2% das mulheres, geralmente por volta dos 20 anos (1). Com a idade, é menos provável sua ocorrência. O cisto pode infectar-se, formando um abscesso. Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM) é cada vez mais comum nessas infecções (e em outras infecções da vulva).Raramente, cânceres vulvares se originam na glândula vestibular maior.


Sinais e sintomas de cistos ou abscessos da glândula vestibular maior

A maioria dos cistos da glândula vestibular maior é assintomática, mas os grandes cistos podem ser irritantes, causar pressão ou dor e interferir nas relações sexuais ou mobilidade. A maioria dos cistos não apresenta sensibilidade, é unilateral e palpável perto do introito vaginal. Os cistos podem se distender e atingir os grandes lábios, causando assimetria vulvar. Se um abscesso se desenvolver, ele causa dor vulvar intensa e, às vezes, febre; abscessos são dolorosos e costumam ser eritematosos. Celulite com eritema e sensibilidade local pode se desenvolver. Pode ocorrer corrimento vaginal. Doenças sexualmente transmissíveis podem coexistir.

Diagnóstico de cistos ou abscessos da glândula vestibular maior

 Avaliação clínica

O diagnóstico dos cistos da glândula de Bartholin é geralmente por exame da vulva. Se houver drenagem de secreção do cisto pode-se fazer cultura do material para investigar infecções sexualmente transmissíveis. Deve-se cultivar o líquido de abcessos.

Nas mulheres > 40 anos, alguns especialistas recomendam biópsia para excluir carcinoma da glândula vestibular maior ou outro câncer vulvar.


Tratamento de cistos ou abscessos da glândula vestibular maior

Banhos de assento para sintomas leve;Para abscessos, incisão e drenagem e, em geral, inserção de catéter para drenagem; Cirurgia para sintomas mais graves e para todos os cistos em mulheres > 40 anos.
Em mulheres com < 40 anos, não é necessário tratar os cistos assintomáticos. Os sintomas leves podem desaparecer com banhos de assento. Caso contrário, os cistos sintomáticos podem exigir um procedimento para drenar ou removê-los.

Em caso de abscessos, realiza-se um procedimento para produzir uma abertura permanente entre a glândula e a parte externa porque os abscessos muitas vezes recorrem após drenagem simples. Realiza-se uma pequena incisão no cisto e/ou abscesso e, em seguida, um dos seguintes é feito: Inserção de catéter: Um pequeno catéter em forma de balão pode ser inserido, inflado e deixado no interior do cisto por 4 a 6 semanas; esse processo simula a fibrose e produz uma entrada permanente.

Marsupialização: as bordas evertidas do cisto são suturadas até o exterior.

Às vezes,tratam-se os abscessos com um procedimento e um esquema antibiótico oral que abrange MRSA (p. ex., trimetoprima 160 mg/sulfametoxazol 800 mg uma ou duas vezes ao dia OU trimetoprima 160 mg/sulfametoxazol 800 mg uma ou duas vezes ao dia MAIS amoxicilina-clavulanato 875 mg duas vezes ao dia/trimetoprima 160 mg/sulfametoxazol 800 mg uma ou duas vezes ao dia MAIS metronidazol 500 mg 3 vezes ao dia). Deve-se usar antibióticos orais quando também ocorre celulite; deve-se escolher os antibióticos com base no antibiograma da região. Deve-se considerar veementemente a internação hospitalar para administração de antibióticos intravenosos se a paciente tem diabetes mellitus mal controlado ou está imunocomprometida. Os cistos ou abscessos recorrentes podem exigir excisão completa da glândula vestibular maior.

Em mulheres > 40 anos, deve-se explorar os cistos ou abscessos recém-desenvolvidos cirurgicamente e fazer biopsia (para excluir câncer vulvar) ou removê-los. Cistos que estão presentes há anos e cuja aparência não mudou não requerem biópsia ou remoção cirúrgica, a menos que os sintomas estejam presentes.


Referência geral

 

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