OXIGENIOTERAPIA
Conceito: administração de oxigênio para aliviar ou prevenir hipóxia tecidual. Responsáveis pela execução: enfermeiro, fisioterapeuta, médico e técnico de enfermagem. A oxigenioterapia é uma intervenção destinada à administração de oxigênio medicinal com finalidade terapêutica. Sua utilização pode ser feita através de cânula nasal, cateter nasal, máscara fácil simples com ou sem reservatório, máscara fácil (de Venturi), cânula endotraqueal, incubadora (crianças) ou HOOD (capacetes). Os meios de administração mais comuns de oxigênio são:
Cateter nasal: Utilizado quando o paciente requer uma concentração baixa ou média de oxigênio.
Máscara facial simples com ou sem reservatório: Utilizada para administração de oxigênio em média ou baixa quantidade, porém com grande quantidade de umidade. Fonte: Potter; Perry (2013).
Máscara facial (de Venturi): Utilizada para administração de concentrações mais precisas de oxigênio, sem considerar a profundidade ou a frequência de respiração.
Incubadora (ou capacete de HOOD): Utilizado para administração de oxigênio em crianças. Página | 78 Materiais necessários:
Oxigênio canalizado ou em torpedo;
Cateter nasal (n° 6, 8 ou 10), máscara fácil simples com ou sem reservatório ou máscara facial (de Venturi);
Cadarço (se necessário); Manômetros: para indicar a quantidade de oxigênio no torpedo e o fluxo de saída (fluxômetro);
Luvas de procedimento;
Umidificador de oxigênio;
Água destilada ou solução fisiológica 0,9% para umidificação;
Fonte de oxigênio;
Extensor (cânula de conexão);
Gaze estéril. Etapas para execução:
1. Higienizar as mãos conforme recomendações da ANVISA/OMS;
2. Verificar a prescrição médica sobre a oxigenioterapia;
3. Reunir o material necessário para a execução da técnica;
4. Orientar o paciente sobre a assistência que será prestada e as formas como ele pode colaborar;
5. Preparar o ambiente e dispor os materiais em local próximo e de fácil acesso;
6. Verificar as fontes de oxigênio que serão utilizadas;
7. Calçar as luvas;
8. Preencher o umidificador com água destilada ou SF 0,9% até o nível indicado;
9. Conectar o umidificador na rede ou no torpedo de oxigênio;
10. Conectar o umidificador na extensão presa ao cateter nasal ou máscara fácil;
11. Liberar a saída de oxigênio de 3 a 5 litros/minuto ou conforme prescrição médica (confirmar borbulhamento dentro do umidificador e a presença de ar na extremidade da cânula);
12. Remover secreções da narina do paciente com o uso de uma gaze embebida com SF 0,9%;
13. Ajustar a cânula confortavelmente nas narinas do paciente;
14. Fixar o cateter se necessário;
15. Posicionar o paciente confortavelmente, com a cabeceira da cama elevada (caso não tenha contraindicações);
16. Observar o estado geral do paciente;
17. Deixar o ambiente limpo e em ordem;
18. Tirar as luvas e higienizar as mãos conforme recomendações da ANVISA/OMS;
19. Anotar a assistência prestada nos registros de enfermagem. Observações:
Avaliar as condições do quarto para garantir que esteja seguro para a administração de oxigênio (deve ser proibido fumar no local ou usar velas durante rituais religiosos);
Manter os torpedos de oxigênio na vertical, longe de aparelhos elétricos e/ou fontes de calor;
Anotar no prontuário do paciente, o horário de início, a quantidade e o meio de administração da oxigenioterapia;
Trocar diariamente a cânula, os umidificadores, o tubo e outros equipamentos expostos à umidade;
Monitorar o funcionamento do sistema de oxigênio constantemente, observando o volume de água do umidificador e a quantidade de litros administrada por minuto;
Monitorar sinais vitais, nível de consciência e sinais de hipóxia no paciente. Na presença de alterações, comunicar a enfermeira responsável pelo setor e realizar anotação nos registros de enfermagem;
Se administração de oxigênio for contínua, trocar o cateter no mínimo a cada 24 horas, alternando as narinas, evitando assim ferimentos da mucosa nasala e obstrução do cateter por secreção;
A máscara fácil é desconfortável para o paciente. Desse modo, deve ser retirada de duas em duas horas, deixando o paciente repousar alguns minutos antes de recoloca-la. Nesse intervalo, limpar a pele do paciente, a fim de evitar irritações e reduzir desconforto.
Fonte.: manual de Procedimentos Básicos de Enfermagem 20417